7 de fevereiro de 2010

Biodiversidade: Parte I


A biodiversidade é entendida como a diversidade da natureza viva, e engloba não só a diversidade de espécies, como também a diversidade de ecossistemas, tendo como base a própria diversidade genética.
Nos últimos anos, o desaparecimento de espécies e de áreas naturais, consequência da actividade humana, tem ocorrido a uma velocidade sem precedentes. A extinção adicional de mais uma espécie representa uma perda irreversível de códigos genéticos únicos, que estão muitas vezes ligados ao desenvolvimento de medicamentos, à produção de alimentos e a diversas actividades económicas. É do conhecimento geral que muitas das espécies actuais se encontram em perigo de extinção, e muitas outras acabaram mesmo por desaparecer, no entanto, a extinção dita “natural”, em si não é nefasta, e sabe-se que desde sempre se deram grandes extinções. Caso não tivesse ocorrido a extinção dos dinossauros por exemplo, provavelmente nunca teria aparecido a espécie humana. O extermínio de certas espécies pode levar ao surgimento de outras, contudo, o que se verifica nos dias de hoje, é um incremento da indústria e certos interesses económicos que colocam em sério risco a biodiversidade do nosso planeta.
Assim, torna-se necessário proteger todas as espécies, principalmente as que se encontram sob ameaça de extinção. O surgimento de diversos movimentos ambientalistas conseguiu travar alguns abusos, mas é necessário continuar a sensibilizar as populações e os governos para todas as questões relacionadas com a protecção ambiental, sem descurar a protecção das espécies animais e vegetais, pois só deste modo conseguiremos alcançar um desenvolvimento sustentável.

6 comentários:

  1. E porque é que a perda de biodiversidade é uma coisa má? Quer dizer, perdem-se os animais ou as plantas, mas, e depois?

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  2. Isso vais ter de descobrir nos próximos posts...

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  3. Ok...uma das minhas inquietações prende-se com isto:

    Ainda há uns tempos a estudar economia regional lia textos da União Europeia sobre o desenvolvimento regional e os programas de coesão e falava-se bastante em crescimento sustentável. Tudo óptimo, mas como também fazer uma pouco neste texto, pelo menos até agora, parece que o ambiente deve ser preservado porque isso é bom para a economia, ou seja, como no discurso oficial, parece que o ambiente está subordinado à economia, mesmo que por economia entendamos algo como a ciência que procura o bem estar das pessoas.

    O que quero entender é: o ambiente é importante por si só ou é apenas importante na medida em que as pessoas necessitam dele? Ou melhor, o que é importante, o ambiente ou as pessoas? E em última análise, a natureza existe sempre, e renova-se sempre? E se assim é, um ambientalista preocupa-se com a natureza ou com o ser humano apenas?

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  4. Claro que o ambiente é importante por si só, mas também é certo que precisamos dele, até por que a nossa Casa é esta (que eu saiba ainda não pofdemos ir para Marte ou para outro planeta quarquer). O Homem é um animal como os outros, precisa do seu espaço tal como outros animais, e por isso deve respeitar o planeta e o ambiente, quanto mais não seja, para conseguir sobreviver. Embora eu acredite que haja algo mais do que essa necessidade...

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  5. Se o ambiente é importante por si só, é importante virar bastante o discurso ambientalista para uma preocupação ambiental mais natural e, diria eu, desinteressada. Trata-se de por o Homem como indivíduo num lugar inferior àquele que ele vai ocupando. Dizer que, não só a natureza deve existir para servir o Homem mas também o Homem deve existir em função da natureza, e diria eu, da Mãe Natureza...

    A ética cristã europeia nunca foi muito ligada a estas coisas da natureza. O Génesis dão logo um lugar secundário à natureza - criaturas de Deus sim, mas o Homem é que lhes dá o nome...

    Vale a pena conhecer a ética dos índios, por exemplo, que consideram a natureza como Mãe.

    Considerá-la como mãe é mais do que pô-la num lugar de destaque, é compreendê-la como nossa protectora, como alguém que nos ama e que nós amamos...

    Pede-se uma nova forma de olhar para a natureza que vá não só contra a teoria que acha que está tudo bem, mas também contra um certo discurso que diz que a natureza é apenas importante na medida em que dá lucro...

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  6. Concordo plenamente... Mas infelizmente há muita gente que só pensa nos ditos lucros. Não sei, mas talvez o discurso ambientalista tenha tomado este rumo para poder alertar os "grandes". Caso estivessem apenas a dizer que a Natureza é linda e a Terra é Mãe e coisas do género, talvez não tivessem conseguido nada do pouco conseguido até hoje...

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