25 de março de 2011

Hora do Planeta 2011



«A Hora do Planeta é uma iniciativa da rede WWF que incentiva cidadãos, empresas e governos a apagarem as luzes por uma hora mostrando assim o seu apoio à luta contra as alterações climáticas.

Porquê apagar as luzes?

Antes de mais há que ter consciência que este apagar de luzes por uma hora é meramente um gesto simbólico, mas que pode ser representativo de um elevar da consciência de todos para um problema que é, igualmente, de todos: as alterações climáticas.

A verdade é que este simples gesto, tem despertado em todo o mundo compromissos capazes de ir marcando a diferença numa base diária contínua e tem levado a uma verdadeira mudança de hábitos de vida de cidadãos, empresas e governos que começam a despertar para compromissos válidos e práticos a favor desta luta.

Assim, apagar as luzes:

  • É mostrar que estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar nossa contribuição, influenciando e pedindo acções de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas, combatendo a desflorestação e conservando os nossos ecossistemas;
  • É um incentivo ao diálogo dos manifestantes entre si e entre esses e os governos e empresas;
  • É um acto que simboliza a eficiência e o uso de todos os recursos com inteligência, responsabilidade e de forma sustentável.»

Ler mais aqui.


24 de março de 2011

Nuclear em Portugal: para quê?

«Em 1976, 15 mil marcharam em Ferrel pelo fim dos trabalhos para a construção de uma central nuclear na localidade – a primeira em Portugal. Posteriormente, em 1984, foi chumbado pelo Conselho de Ministros o então apelidado plano energético nacional, que visava instalar quatro centrais nucleares no país. A última tentativa para implementar o recurso energético sairia também ela frustrada, em 2005.

Carlos Pimenta, ex-secretário de estado do ambiente, assevera que o país não necessita de uma central nuclear para a produção de eletricidade. “Estamos mais do que bem servidos”, declara. Em 2010, a contribuição das energias renováveis para a eletricidade consumida em Portugal atingiu os 53 por cento e Carlos Pimenta acredita que até ao final da década é possível “chegar facilmente aos 70 por cento”, com o terço que resta a “ser muito bem coberto com gás natural”, uma vez que “Portugal tem autonomia na sua importação”.

(...)

Também António Sá da Costa, presidente da direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), diz não ser necessária a instalação de uma central nuclear no país, já que “hoje em dia, a energia nuclear só produz eletricidade e Portugal já tem excesso de potência instalada para o consumo que se faz”. Consequentemente, “se fosse produzir eletricidade a partir de uma central nuclear, teria que deixar as centrais existentes”, argumenta António Sá da Costa.

(...)

Carlos Pimenta exerceu o cargo de secretário de estado do ambiente em 1984, aquando da rejeição da proposta para a construção de quatro centrais. Relembra: “os defensores do nuclear diziam que íamos ficar às escuras, que era uma catástrofe para Portugal. O que aconteceu foi um desenvolvimento industrial fantástico em energias renováveis”.

(...)

A questão ecológica
“No final da exploração temos que tomar conta de uma central que tem que ser betonada durante um milhar de anos, pelo menos”, argui António Sá da Costa.
Carlos Varandas explica: “não existem métodos completamente eficientes para tratar os resíduos da radioatividade e há outra dificuldade, que está agora bastante atual, o perigo de um acidente nuclear”. (...) »

in A Cabra

Selecionei apenas as ideias contra-energia nuclear. Mas vale a pena ler a notícia na integra.

21 de março de 2011

"OMS preocupada com nível de radiação nos alimentos no Japão"

«A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a detecção de radiação nos alimentos no Japão, na sequência dos danos provocados pelo sismo na central nuclear de Fukushima, é um problema mais sério do que se tinha inicialmente previsto.

De acordo com o porta-voz da OMS para o Pacífico Oeste, sediado em Manila, Peter Cordingley, a situação “é muito mais séria do que se pensou nos primeiros dias, quando acreditávamos que este tipo de problema se podia limitar a uns 20 ou 30 quilómetros”.

Os níveis de radiação detectados nos legumes, leite, água contaminada e mesmo no pó são superiores ao previsto e atingem explorações distantes, apesar de os funcionários japoneses continuarem a assegurar que estão dentro de níveis não perigosos, acrescentou a mesma fonte, citada pela Reuters. Ainda assim, o próprio Governo japonês já proibiu a venda de leite da zona de Fukushima e de espinafres de uma área próxima e prevê-se que esta semana imponha mais restrições.

O Governo informou que a água daquela zona do país regista níveis de iodo radioactivo três vezes superiores ao limite legal, isto numa população a 40 quilómetros da central nuclear. Mas garantiu que esta constatação não implica um risco iminente para a saúde. No que diz respeito à radioactividade identificada nos vegetais plantados em Gunma, Tochigi e Chiba – zonas próximas de Fukushima – a mesma fonte garante que também não representa uma ameaça para a saúde mas, de todas as formas, pelo menos a venda de espinafres foi suspensa.

Os espinafres, muito comuns na zona, são dos alimentos mais afectados, com níveis de radioactividade 27 vezes superiores aos legalmente estipulados. A decisão de suspender as vendas cabe, contudo, a cada autoridade local e não ao Governo japonês.»

in Público

16 de março de 2011

Desastre Nuclear no Japão

Encontrei este texto no Blog:http://www.dererummundi.blogspot.com/
Penso que é mais uma boa opinião sobre o assunto, que vale a pena ler.


«Segundo o comissário europeu para a energia, Gunter Oettinger, o acidente nuclear no Japão é um Apocalipse. E espera o pior nas próximas horas, até porque a situação parece estar "fora de controlo". A sequência de eventos mostra bem os esforços que foram feitos para impedir o desastre, e o desespero perante a falha dos vários mecanismos de segurança.

Neste momento a situação deve estar, infelizmente, muito perto do nível 7, e muito provavelmente (dado o alarme das reacções da UE e da Rússia) vamos ter de redefinir a escala tendo este acidente como referência máxima.

(...)

A energia nuclear tem este problema sério: é um processo muito perigoso para o homem e muito difícil de controlar quando algo corre mal. E a NATUREZA tem essa característica que o homem insiste em não ter em conta: gera com alguma facilidade sequências de eventos catastróficos que fazem falhar todos os nossos sistemas de segurança. A sequência de eventos no Japão, que conduziram à falha de todos os sistemas de segurança, é verdadeiramente incrível.

Se aliarmos isso à incapacidade humana para aprender com os seus erros, desleixando a segurança em deterimento do retorno económico, verificamos que tudo isto se pode tornar num imenso pesadelo. Iouli Andreev - especialista em segurança nuclear e um dos homens que participaram nas limpezas de Chernobyl depois do desastre de 1986 - disse à Reuters que a ganância da indústria e a influência empresarial sobre a AIEA terão contribuído para o desastre japonês: "Depois de Chernobyl, toda a força da indústria nuclear foi direccionada para esconder o acontecimento, para não manchar a sua reputação."

O problema com as centrais nucleares é esse mesmo: quando algo corre mal rapidamente a coisa se torna num problema GLOBAL de saúde pública e de segurança. Se isto pode acontecer no Japão, que é um país disciplinado, imaginem o que poderá acontecer num país mais caótico e desorganizado que tenha centrais nucleares.»

12 de março de 2011

Desastre Nuclear à vista...

"Cresce o receio de um desastre nuclear no Japão
Este sábado registou-se uma enorme explosão no edifício que alberga o reator número um da central nuclear de Fukushima. Imagens captadas no local mostram destroços atirados a grande distância, depois de uma violenta onda de choque. Um porta-voz do Governo garante que os contentores da central estão a conter a fuga da radioatividade, mas a Agência Nuclear japonesa receia que os contentores possam ter cedido."

Uma desgraça nunca vem só, para além do forte sismo seguido de tsunami que se fez sentir, a destruição causada ainda pode gerar mais problemas... Quando os danos acontecem também nas estaçoes nucleares é melhor por-se bem longe dali... Libertou-se radioactividade que se encontra, segundo as notícias, num nivel 1000 vezes superior ao permitido... E caso o núcleo do reactor rebente devido ao sobre aquecimento, vai piorar...
O sistema de refrigeraçao nao está a funcionar, e na tentativa de evitar um desastre ainda maior a refrigeração esta a ser feita com água do mar, mas não está a resultar...

O Homem pensa que tem tudo sobre controlo, que pode por e dispor da natureza, da química, da física, da biologia...
A energia nuclear é defendida como sendo uma energia limpa, rentavél, controlada. Mas quando o poder sai das maos do Homem, acontecem os desastres... Invisivel, inodora, a radioactividade propaga-se sem darmos conta...
Por muitas vantagens que tenha, é uma maneira muito perigosa de obter energia. Ainda hoje em Chernobyl os níveis de radiação são muitissimo altos, a incidência de cancro aumentou brutalmente, ja para não falar naqueles que morreram no decorrer da explosão...
E como se costuma dizer, não dá o gosto para o desgosto....

http://www0.rtp.pt/noticias/?t=Cresce-o-receio-de-um-desastre-nuclear-no-Japao.rtp&headline=20&visual=9&article=423824&tm=7

10 de março de 2011

Ameaças à Biodiversidade: Abelhas em perigo

«As abelhas, das quais depende mais de metade das culturas agrícolas que alimentam o mundo, estão a desaparecer, “bombardeadas” por ameaças que vão da poluição às doenças, alerta hoje um relatório da ONU. O declínio tornou-se global.»

Poluição, doenças, espécies exóticas, falta de alimento, uso intensivo de pesticidas... Enfim uma panóplia de causas para o desaparecimento desta e de várias outras especies. A perda, ainda que de apenas uma especie, representa uma perda irremediavel para a biodiversidade... Será que é preciso acontecer desgraças destas para que se consciencializem da importancia da biodiversidade e dos riscos que esta corre?

6 de março de 2011

Supermercados e Sustentabilidade

«O Ranking da Greenpeace analisa as práticas de compra e venda de peixe dos retalhistas segundo sete grupos de critérios:
• A existência de uma política de compra e venda de peixe sustentável e a sua robustez
• As medidas adoptadas para excluir o pescado vindo de práticas de pesca e aquacultura insustentáveis ou ilegais
• As medidas adoptadas para apoiar as práticas de pesca e aquacultura sustentáveis
• A política de rastreabilidade dos produtos de peixe
• A etiquetagem dos produtos de peixe
• A existência de espécies da Lista Vermelha da Greenpeace na gama do supermercado
• A transparência das políticas e a informação veiculada aos consumidores
Os supermercados são classificados com uma percentagem de cumprimento com estes critérios, desenvolvidos a partir das recomendações da Greenpeace para pesca e aquacultura sustentáveis e para comercialização de pescado, publicadas no seu site internacional.

As Receitas dos Supermercados em 2010
Resultados do 3º Ranking de Supermercados



Lidl - Simplificando a receita
O Lidl é o retalhista que está mais empenhado em melhorar substancialmente as suas práticas de comercialização de pescado. Desde 2008, o grupo já publicou um resumo da sua Política de Pescado Responsável, passou a informar os clientes sobre as características do peixe que vende e tem vindo a descontinuar progressivamente as espécies de peixe mais vulneráveis ou provenientes dos métodos de pesca mais destrutivos. O Lidl apostou ainda na rastreabilidade a 100%, introduzindo um processo de decisão a priori para o pescado a comercializar, que incorpora critérios de sustentabilidade, e obrigando contratualmente os seus fornecedores a seguir as normas definidas.

Sonae - Uma receita instantânea
No primeiro estudo lançado pela Greenpeace, a Sonae foi o grupo com piores resultados. Desde então, o retalhista tem dado passos largos para recuperar o atraso e definir práticas de comercialização de pescado responsáveis e sustentáveis, desenvolvendo uma política de compra de peixe que tornará pública ainda este ano e definindo medidas concretas a implementar em 2010. A grande aposta da empresa será em melhorar os produtos da sua marca própria, trabalhando activamente com os fornecedores para identificar as opções mais sustentáveis. Contudo, com cerca de 80 grupos de espécies de peixe à venda, 13 dos quais estão na Lista Vermelha da Greenpeace, a Sonae ainda tem bastante caminho por desbravar até poder garantir a sustentabilidade de todo o seu assortimento.

Auchan - Com medidas doseadas
A prestação da Auchan tem sido pautada por melhorias graduais mas seguras. A empresa tem trabalhado para desenvolver uma política de compra e venda de peixe sustentável e identificar as medidas que devem ser adoptadas para assegurar a oferta de uma gama de produtos mais amiga dos oceanos. Em finais de 2009, a Auchan anunciou a suspensão da venda de tubarões ameaçados. No princípio de 2010, publicou a sua recente política de pescado responsável. No entanto, também a Auchan tem cerca de 80 grupos de espécies de peixe à venda nas suas lojas, 12 dos quais constam da Lista Vermelha da Greenpeace, pelo que continua a ter de enfrentar o desafio de conciliar a sua responsabilidade como actor influente no ciclo de consumo, com o desejo de oferecer uma escolha ampla de peixe aos seus clientes.

Dia - Uma receita magra
Os supermercados Minipreço, do braço discount do grupo Carrefour, estreiam este ano a sua presença no Ranking dos Retalhistas. A nível internacional, o grupo Carrefour tem demonstrado vontade em incorporar o princípio de sustentabilidade nas suas operações. No entanto, este compromisso não parece estar a ser replicado no grupo espanhol Dia, adquirido pela Carrefour em 2000. Em Portugal, o Dia continua sem apresentar medidas a adoptar na sua cadeia de supermercados, limitando-se a fornecer uma cópia da sua política de pescado internacional. Ao haver efeitos práticos da adopção da política, estes não são evidentes nas suas lojas ou entre os seus clientes.

Os Mosqueteiros - A fórmula está no segredo
Durante os dois primeiros anos de campanha da Greenpeace em Portugal, a actuação do grupo Os Mosqueteiros ficou marcada pelo silêncio. Este ano, o grupo aceitou colaborar com a Greenpeace e responder ao questionário sobre os critérios de sustentabilidade que regem a empresa. No entanto, o grupo continua sem fornecer um documento comprovativo da política de pescado que afirma ter desenvolvido para os produtos de marca própria e as prateleiras das suas lojas espelham uma realidade contraditória. Com 14 dos 15 grupos de espécies na Lista Vermelha da Greenpeace à venda e sem informação pública sobre as práticas da empresa, o grupo continua na cauda do Ranking.

Jerónimo Martins - Receita em branco
A atitude do braço de distribuição do grupo Jerónimo Martins relativamente à sustentabilidade do pescado que vende, só pode ser classificada como a antítese da transparência. Este é o único retalhista que continua a recusar a responder à Greenpeace - ignorando o apelo de milhares de consumidores para que torne públicas as suas políticas. Com 13 dos 15 grupos de espécies na Lista Vermelha da Greenpeace à venda nos supermercados do grupo e sem informação pública sobre as práticas da empresa, este é o segundo ano consecutivo que o grupo é o pior classificado entre os retalhistas que operam em Portugal.»
Portanto... Já sabem... Não se levem em cantigas..
Porque é que em vez das promoções e talões e cartões, os hipermercados não apostam em publicitar este lado da moeda??