"Os resíduos dos antibióticos eliminados pelo organismo humano encontram-se nas águas tanto dos rios como nas águas residuais municipais e é necessário estudar o seu efeito no ambiente e na saúde do homem, defendeu hoje uma investigadora.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do estudo sobre a presença de resíduos de quatro antibióticos do grupo das fluoroquinolonas em amostras de águas do Centro do país referiu que em Portugal faltam estudos acerca deste tema, conhecimento indispensável para avançar com legislação.
«Há uma grande lacuna, há poucos estudos não só da ocorrência, de verificar os efeitos que têm no ambiente e sem dados dificulta a realização de uma avaliação adequada do risco para o ambiente e para a saúde humana para promover medidas de minimização», apontou Angelina Pena.
A União Europeia tem legislação que exige que se efectue uma avaliação dos riscos potenciais para o ambiente dos medicamentos, referiu.
O trabalho de investigação coordenado por Angelina Pena, do Centro de Estudos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, foi um dos dois distinguidos com o prémio VALORMED 2010, atribuído pela Valormed e pela Universidade Nova de Lisboa.
O prémio pretende promover o desenvolvimento sustentável e a educação em saúde ambiental. O estudo apresenta um trabalho de investigação relativo à monitorização de resíduos de quatro antibióticos do grupo das fluoroquinolonas em amostras de águas do Rio Mondego e de águas residuais de quatro hospitais e da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Coimbra, como informa a VALORMED.
Apesar da «elevada eficiência» das ETAR, com níveis de 90 por cento, «encontramos resíduos deste grupo de antibióticos em quantidades residuais, quer em águas de superfície, quer em águas residuais, municipais e hospitalares», disse Angelina Pena.
No entanto, os dados detectados «são concordantes com o que se passa em outros países europeus», tanto no que respeita à presença deste grupo de antibióticos no ambiente e em águas residuais e águas de superfície, como também na eficiência das estações de tratamento de águas residuais, explicou a investigadora.
«Depois de saber da presença destes fármacos no ambiente, queremos saber qual o possível impacto que podem ter no ambiente e para o homem», apontou Angelina Pena, defendendo a necessidade de continuar os estudos."
Lusa/SOL
16 de abril de 2011
12 de abril de 2011
10 de abril de 2011
5 de abril de 2011
Desperdício de comida...
«O activista e escritor britânico Tristram Stuart, que luta contra o desperdício de comida, foi distinguido com o Prémio Sofia para o desenvolvimento sustentável, criado pelo autor norueguês do romance “O Mundo de Sofia”, revelaram hoje os responsáveis. No seu livro “Waste: Uncovering the Global Food Scandal”, publicado pela Penguin em 2009, Stuart, activista e escritor britânico de 33 anos, denunciou a imoralidade de deitar fora grandes quantidades de alimentos, quando mil milhões de pessoas sofrem de malnutrição. Segundo Stuart, um terço da comida deitada para o lixo nos Estados Unidos e na Europa bastaria para alimentar todos os famintos. Desde então, Stuart tem ajudado organizações de solidariedade, Governos, empresas e instituições a reduzir os desperdícios de alimentos. “Tristram Stuart recebe o Prémio Sofia 2011 pelos seus contributos inovadores, enérgicos, cheios de humor e altruísmo, para que tomemos consciência de um dos maiores escândalos ambientais e morais: o desperdício de alimentos”, justifica a Fundação. Em cooperação com o jornal “The Guardian”, o activista lançou o projecto “'Food Waste Watchdog”, encorajando as pessoas a tirar fotografias de alimentos que são deitados fora e a reuni-las num site. No ano passado, Stuart co-fundou o “A Taste of Freedom”, um sistema de reciclagem onde a fruta e vegetais que iriam para o lixo passam a ser transformados em sumos ou gelados.~ “Stuart mostra de que forma alterações simples podem ser introduzidas por consumidores, políticos e empresários, a fim de reduzirem drasticamente o lixo”, salienta a Fundação em comunicado. O activista “nota como a ajuda ao desenvolvimento poderia investir nos agricultores locais e nas infra-estruturas agrícolas locais, como armazéns e sistemas de pasteurização, para que os alimentos possam chegar aos mercados antes de se estragarem”. Por semana, cada norueguês deita fora um quilo de comida que poderia ter sido consumida. Isto representa mais de 300 mil toneladas de alimentos desperdiçados pelo país no espaço de um ano, revela a Fundação no seu comunicado. Para demonstrar aquilo que defende, Stuart e dezenas de voluntários prepararam, em Dezembro de 2009, na famosa Praça londrina de Trafalgar, um almoço para cinco mil pessoas com base em ingredientes que teriam sido deitados fora. Fundada em 1997 pelo escritor norueguês Jostein Gaarder e pela mulher, o Prémio Sofia atribui cem mil dólares (70,2 mil euros) de prémio. A cerimónia de entrega do galardão está marcada para 22 de Junho.» in Público
2 de abril de 2011
Água contaminada chega ao Pacífico
«"Hoje, pelas 9h30 [01h30 Lisboa] os trabalhadores descobriram que água com uma radioactividade de cerca de 1000 millisieverts se acumulou numa poça junto ao mar”, adiantou um responsável da Tokyo Electric Power (Tepco), a empresa que explora a central que ficou danificada pelo tsunami de há três semanas no Japão. Um responsável pela área da segurança nuclear do Japão, Hidehiko Nishiyama, confirmou a fuga para o mar. Uma exposição a cerca de 500 millisieverts durante um curto período será suficiente para aumentar o risco de cancro. Segundo Nishiyama, a água está a escapar através de uma fissura nos vasos de contenção da central. “Descobriu-se que os vasos de contenção têm uma fissura de 20 centímetros e que a água escapou por aí”, adiantou a Tepco. A empresa irá agora procurar bloquear a fissura e efectuar análises para avaliar o nível de radioactividade na água do mar. As primeiras medições efectuadas concluíram que, a 300 metros da central, foi detectada no mar uma taxa de iodo radioactivo 4385 vezes superior à normal. A Agência Internacional de Energia Atómica reafirmou, por outro lado, que a situação na central “continua muito grave”.» in Público
25 de março de 2011
Hora do Planeta 2011

«A Hora do Planeta é uma iniciativa da rede WWF que incentiva cidadãos, empresas e governos a apagarem as luzes por uma hora mostrando assim o seu apoio à luta contra as alterações climáticas.
Porquê apagar as luzes?
Antes de mais há que ter consciência que este apagar de luzes por uma hora é meramente um gesto simbólico, mas que pode ser representativo de um elevar da consciência de todos para um problema que é, igualmente, de todos: as alterações climáticas.
A verdade é que este simples gesto, tem despertado em todo o mundo compromissos capazes de ir marcando a diferença numa base diária contínua e tem levado a uma verdadeira mudança de hábitos de vida de cidadãos, empresas e governos que começam a despertar para compromissos válidos e práticos a favor desta luta.
Assim, apagar as luzes:
- É mostrar que estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar nossa contribuição, influenciando e pedindo acções de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas, combatendo a desflorestação e conservando os nossos ecossistemas;
- É um incentivo ao diálogo dos manifestantes entre si e entre esses e os governos e empresas;
- É um acto que simboliza a eficiência e o uso de todos os recursos com inteligência, responsabilidade e de forma sustentável.»
Ler mais aqui.
24 de março de 2011
Nuclear em Portugal: para quê?
«Em 1976, 15 mil marcharam em Ferrel pelo fim dos trabalhos para a construção de uma central nuclear na localidade – a primeira em Portugal. Posteriormente, em 1984, foi chumbado pelo Conselho de Ministros o então apelidado plano energético nacional, que visava instalar quatro centrais nucleares no país. A última tentativa para implementar o recurso energético sairia também ela frustrada, em 2005.
Carlos Pimenta, ex-secretário de estado do ambiente, assevera que o país não necessita de uma central nuclear para a produção de eletricidade. “Estamos mais do que bem servidos”, declara. Em 2010, a contribuição das energias renováveis para a eletricidade consumida em Portugal atingiu os 53 por cento e Carlos Pimenta acredita que até ao final da década é possível “chegar facilmente aos 70 por cento”, com o terço que resta a “ser muito bem coberto com gás natural”, uma vez que “Portugal tem autonomia na sua importação”.
(...)
Também António Sá da Costa, presidente da direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), diz não ser necessária a instalação de uma central nuclear no país, já que “hoje em dia, a energia nuclear só produz eletricidade e Portugal já tem excesso de potência instalada para o consumo que se faz”. Consequentemente, “se fosse produzir eletricidade a partir de uma central nuclear, teria que deixar as centrais existentes”, argumenta António Sá da Costa.
(...)
Carlos Pimenta exerceu o cargo de secretário de estado do ambiente em 1984, aquando da rejeição da proposta para a construção de quatro centrais. Relembra: “os defensores do nuclear diziam que íamos ficar às escuras, que era uma catástrofe para Portugal. O que aconteceu foi um desenvolvimento industrial fantástico em energias renováveis”.
(...)
A questão ecológica
“No final da exploração temos que tomar conta de uma central que tem que ser betonada durante um milhar de anos, pelo menos”, argui António Sá da Costa.
Carlos Varandas explica: “não existem métodos completamente eficientes para tratar os resíduos da radioatividade e há outra dificuldade, que está agora bastante atual, o perigo de um acidente nuclear”. (...) »
in A Cabra
Selecionei apenas as ideias contra-energia nuclear. Mas vale a pena ler a notícia na integra.
Carlos Pimenta, ex-secretário de estado do ambiente, assevera que o país não necessita de uma central nuclear para a produção de eletricidade. “Estamos mais do que bem servidos”, declara. Em 2010, a contribuição das energias renováveis para a eletricidade consumida em Portugal atingiu os 53 por cento e Carlos Pimenta acredita que até ao final da década é possível “chegar facilmente aos 70 por cento”, com o terço que resta a “ser muito bem coberto com gás natural”, uma vez que “Portugal tem autonomia na sua importação”.
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Também António Sá da Costa, presidente da direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), diz não ser necessária a instalação de uma central nuclear no país, já que “hoje em dia, a energia nuclear só produz eletricidade e Portugal já tem excesso de potência instalada para o consumo que se faz”. Consequentemente, “se fosse produzir eletricidade a partir de uma central nuclear, teria que deixar as centrais existentes”, argumenta António Sá da Costa.
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Carlos Pimenta exerceu o cargo de secretário de estado do ambiente em 1984, aquando da rejeição da proposta para a construção de quatro centrais. Relembra: “os defensores do nuclear diziam que íamos ficar às escuras, que era uma catástrofe para Portugal. O que aconteceu foi um desenvolvimento industrial fantástico em energias renováveis”.
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A questão ecológica
“No final da exploração temos que tomar conta de uma central que tem que ser betonada durante um milhar de anos, pelo menos”, argui António Sá da Costa.
Carlos Varandas explica: “não existem métodos completamente eficientes para tratar os resíduos da radioatividade e há outra dificuldade, que está agora bastante atual, o perigo de um acidente nuclear”. (...) »
in A Cabra
Selecionei apenas as ideias contra-energia nuclear. Mas vale a pena ler a notícia na integra.
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