Aung San Suu Kyi é uma líder política e activista dos direitos humanos birmanesa, premiada com o Nobel da Paz em 1991. É conhecida internacionalmente como líder da oposição ao regime ditatorial de seu país, que a manteve presa até hoje em razão de seus ideais democráticos.
Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988. O seu retorno à Birmânia coincidiu com a eclosão de uma revolta popular espontânea contra vinte e seis anos de repressão política e de declínio económico no país. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.
Após o seu partido (a Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida a prisão domiciliária pela junta militar que governa o seu país. A Birmânia continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditatorial, mas a luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional.
Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991 foi galardoada com o Nobel da Paz.
«.. já está em liberdade, depois de sete anos consecutivos em prisão domiciliária. Suu Kyi convidou os seus apoiantes a trabalhar “juntos” para o futuro do país.
(...)Ter a sua voz mais popular fora da prisão domiciliária poderá significar, para a junta, algum reconhecimento internacional. E Suu Kyi já não seria uma ameaça eleitoral. Amanhã fará uma semana sobre as primeiras legislativas do país em 20 anos. O escrutínio - ganho pelo Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União, pró-junta - foi amplamente considerado uma farsa, ainda que vários analistas tenham referido que esta será uma oportunidade para um certo realinhamento político."As eleições não responderam às normas internacionais e os media foram impedidos de as cobrir", denunciaram ontem quatro especialistas da ONU, que exigiram também a libertação de 2200 presos políticos, "mantidos na prisão para que o processo eleitoral fosse inconclusivo". A Liga Nacional para a Democracia (LND) de Suu Kyi venceu esmagadoramente as legislativas de 1990, mas a junta nunca permitiu que acedesse ao poder. Desta vez, a LND optou pelo boicote, que teve como consequência o desmantelamento do partido, de acordo com a lei. Trata-se agora de uma suposta transição para um regime civil, mas um quarto dos assentos parlamentares ficam nas mãos dos militares. Qualquer alteração à Constituição vai exigir uma maioria de 75 por cento, o que significa que o Exército continuará a poder determinar o rumo do país, adianta a BBC. Alguns observadores questionam o papel que a líder da oposição vai realmente poder desempenhar. Win Tin, um dos fundadores da LND, não tem dúvidas: Aung San Suu Kyi em liberdade "será como uma enorme chuva. E quando a monção chegar à Birmânia, acordará todo o país para a vida".»
http://www.publico.pt/Mundo/suu-kyi-esta-finalmente-livre_1465942
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aung_San_Suu_Kyi
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