24 de outubro de 2010

Vendendo Doenças...

Encontrei esta entrevista acerca de algumas estratégias do markting farmaceutico e nao resisti em por aqui alguna excertos:


«(...)"Vemos que há um padrão, que isto está a acontecer com várias doenças, e é cada vez mais frequente. Há cada vez mais pessoas a serem descritas como doentes. O que está em jogo é alargar as definições da doença para vender sempre mais testes de diagnóstico e tratamentos", diz Moynihan.

Idealmente, para as empresas farmacêuticas, não estaríamos nunca saudáveis, apenas prestes a ficar doentes. "Como escrevi em 2005, em Selling Sickness (Vendendo Doenças), as farmacêuticas vêem as pessoas saudáveis como o mercado que vale mesmo a pena. Se descobrirem que, de alguma maneira, estas pessoas estão doentes e precisam de um medicamento, atingem o alvo."(...)

A depressão, por exemplo, tem sido "vendida" como um problema cada vez mais ligeiro, para que cada vez mais pessoas possam tomar antidepressivos da geração Prozac em diante. "Vimos isto acontecer também com a menopausa, que foi vendida como uma doença de falta de estrogénio - porque assim as farmacêuticas podem vender o estrogénio que nos vai pôr bem."

O excesso - de consumo de medicamentos, de sintomas e factores de riscos diagnosticados como doenças - começa talvez a criar desconfianças, a mudar-nos mais uma vez as cabeças. "Não tenho dados, mas acho a pandemia de gripe H1N1, no ano passado, aumentou o nível de cepticismo entre a população e os médicos. Todos estão um pouco mais cépticos sobre o perigo dos vendilhões de doenças", diz Ray Moynihan.

"Receio que os interesses velados possam ter desempenhado um papel importante. Vimos governos em todo o mundo a tentar justificar as suas acções para comprar vacinas e antivirais e as pessoas comuns a dizer que não queriam arriscar os perigos de tomar esses medicamentos. As pessoas sentem que muitas vezes lhes estão a vender medo para sustentar a ganância de outros." (...)»

Noticia integral aqui.

Já devem ter reparado também que há uns tempos para cá somos bombardeados um pouco por todo o lado com produtos para travar a queda de cabelo. Desde champôs, ampolas, e até suplementos alimentares... O que muita gente não se apercebe é que no Outono há realmente uma tendencia para o cabelo cair, é um processo completamente normal. Mas lá está, a industria farmaceutica nao deixa escapar nada....

18 de outubro de 2010

«Próximos dez anos podem ser a última hipótese para reduzirmos a perda da biodiversidade»

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«No plano estratégico, a missão é até 2020 “reduzir as pressões na biodiversidade, evitar pontos de não retorno, usar os recursos biológicos de uma forma sustentável, restaurar os ecossistemas e os serviços que oferecem, partilhar os benefícios da biodiversidade de uma forma equitativa”. Segundo um estudo apoiado pelas Nações Unidas, só em 2008 os danos ambientais causados pela actividade humana causaram prejuízos de 4,75 biliões de euros, onze por cento do PIB mundial.

“Estamos agora a chegar a um ponto de não retorno – ou seja, estamos a chegar a um patamar para além do qual a perda da biodiversidade se torna irreversível, e podemos atravessar esse patamar nos próximos dez anos se não fizermos esforços pró-activos para conservar a biodiversidade”, defendeu ministro do Ambiente japonês. »

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Notícia integral

1 de outubro de 2010

Dia Nacional da Água

"A água doce é um recurso precioso, básico e essencial à vida sob todas as suas formas, assumindo, por isso, particular relevância a necessidade da sua preservação. Os recursos hídricos encontram-se no topo das preocupações ambientais. A crescente escassez de água, o rápido aumento populacional, levam a que muitos se questionem se os recursos de água doce poderão vir a ser fonte de conflitos internacionais durante este século. Portugal, por exemplo, partilha 48 % das suas reservas de água com Espanha.

Poluição provoca graves prejuízos ambientais e sócio económicos

A poluição da água alem de afectar todo o ecossistema aquático traz graves implicações sócio económicas. Os peixes migradores de água doce são o grupo de fauna mais ameaçado em Portugal. Ao nível do turismo, na passada época balnear algumas praias fluviais do distrito apresentaram análises de má qualidade, impossibilitando a sua utilização. No rio Ocreza existe uma praia construída há vários anos sem poder ser utilizada devido a continua má qualidade da água. A água poluída implica gastar mais dinheiro no tratamento desta para ser utilizada para consumo humano.

(...)
Quercus faz apelo aos cidadãos e empresas

Para poupar este recurso essencial, promovendo a redução, racionalização e reutilização deste recurso. Eliminar, substituir ou reduzir o uso de agro tóxicos, detergentes, e outros produtos que causem impacto no meio aquático são algumas acções que todos podemos e devemos realizar.A Quercus faz também um apelo aos cidadãos no sentido de Alertarem as autoridades sempre que presenciarem situações de poluição e degradação do meio aquático."

http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=2165

«Quercus denuncia que programa nacional para uso eficiente da água está “na gaveta” há cinco anos

No Dia Nacional da Água, a Quercus alerta que o programa nacional para o uso eficiente deste recurso está “na gaveta”, desde que foi aprovado em Conselho de Ministros em Junho de 2005.

A associação ambientalista lembra que estão definidas, desde 2001, mais de 80 medidas para poupar água na agricultura, indústria e abastecimento para o consumo humano.

Levar água às populações representa 46 por cento dos custos de produção de água. Por isso, o programa nacional quer que, no espaço de dez anos, se consiga aumentar em 20 por cento a eficiência na utilização da água. Isto corresponderia a uma poupança de 160 milhões de metros cúbicos por ano.

Mas, “com a não aplicação do programa, não há dados sobre a eficiência no consumo, dados esses que permitiriam a selecção das medidas mais adequadas e com melhor eficiência de custo”, lamenta a associação em comunicado.

A Quercus contactou as entidades que distribuem água e concluiu que existem “muitos problemas de financiamento dos sistemas”. “Só com um preço justo e equilibrado à escala do país e metas de consumo (ou eficiência) obrigatórias (...) poderemos ter os resultados esperados em termos de poupança e eficiência na água para consumo humano”, defende a associação.

Mas o trabalho não se limita à maior eficiência. A Quercus salienta que os objectivos para a reutilização da água ainda estão longe. De acordo com o Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais, é necessário atingir até 2013 pelo menos 10 por cento de reutilização das águas residuais tratadas.

Estas medidas “são fundamentais para reduzir os custos das entidades e dos consumidores e deviam fazer parte de uma estratégia de desenvolvimento sustentável do país e de uma melhor preparação para épocas de seca”, acrescenta.
(...)»
in Público