30 de novembro de 2010

" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

13 de novembro de 2010

Aung San Suu Kyi libertada...

Aung San Suu Kyi é uma líder política e activista dos direitos humanos birmanesa, premiada com o Nobel da Paz em 1991. É conhecida internacionalmente como líder da oposição ao regime ditatorial de seu país, que a manteve presa até hoje em razão de seus ideais democráticos.

Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988. O seu retorno à Birmânia coincidiu com a eclosão de uma revolta popular espontânea contra vinte e seis anos de repressão política e de declínio económico no país. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.
Após o seu partido (a Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida a prisão domiciliária pela junta militar que governa o seu país. A Birmânia continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditatorial, mas a luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional.
Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991 foi galardoada com o Nobel da Paz.

«.. já está em liberdade, depois de sete anos consecutivos em prisão domiciliária. Suu Kyi convidou os seus apoiantes a trabalhar “juntos” para o futuro do país.

(...)Ter a sua voz mais popular fora da prisão domiciliária poderá significar, para a junta, algum reconhecimento internacional. E Suu Kyi já não seria uma ameaça eleitoral. Amanhã fará uma semana sobre as primeiras legislativas do país em 20 anos. O escrutínio - ganho pelo Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União, pró-junta - foi amplamente considerado uma farsa, ainda que vários analistas tenham referido que esta será uma oportunidade para um certo realinhamento político."As eleições não responderam às normas internacionais e os media foram impedidos de as cobrir", denunciaram ontem quatro especialistas da ONU, que exigiram também a libertação de 2200 presos políticos, "mantidos na prisão para que o processo eleitoral fosse inconclusivo". A Liga Nacional para a Democracia (LND) de Suu Kyi venceu esmagadoramente as legislativas de 1990, mas a junta nunca permitiu que acedesse ao poder. Desta vez, a LND optou pelo boicote, que teve como consequência o desmantelamento do partido, de acordo com a lei. Trata-se agora de uma suposta transição para um regime civil, mas um quarto dos assentos parlamentares ficam nas mãos dos militares. Qualquer alteração à Constituição vai exigir uma maioria de 75 por cento, o que significa que o Exército continuará a poder determinar o rumo do país, adianta a BBC. Alguns observadores questionam o papel que a líder da oposição vai realmente poder desempenhar. Win Tin, um dos fundadores da LND, não tem dúvidas: Aung San Suu Kyi em liberdade "será como uma enorme chuva. E quando a monção chegar à Birmânia, acordará todo o país para a vida".»

http://www.publico.pt/Mundo/suu-kyi-esta-finalmente-livre_1465942
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aung_San_Suu_Kyi